A mesa-redonda expõe o processo da interpretação comunitária (médica e jurídica), discutindo sua importância e particularidades dentro dos Estudos da Tradução.
O webinar aborda a criatividade lexical do autor e ilustrador Dr. Seuss e expõe a recuperação neológica nas traduções para o português e o chinês. Para tanto apresenta as caraterísticas dos livros ilustrados e o uso da linguística de corpus.
Ao traduzir de uma língua e cultura tão distante da nossa, um dos problemas com os quais o tradutor se depara é o grande número de termos lexicais específicos do universo armênio, que não têm um equivalente em português. Uma das estratégias adotadas na tradução de poemas, publicados no livro de acesso aberto Poesia Armênia Moderna e Contemporânea, disponível no Portal de Livros Abertos da USP, foi elaborar um glossário com termos específicos do universo armênio e desconhecidos para a maioria de nós brasileiros, tais como: topônimos, personalidades históricas, autores da literatura armênia, heróis épicos, deuses pagãos, instrumentos musicais, etc.
Desde que o Universo Cinemático Marvel surgiu os quadrinhos sofreram pequenas alterações que influenciam diretamente as escolhas do tradutor. Como lidar com elas e o que fazer em cada um dos casos é o que será discutido neste Webnar. As mudanças não ficaram somente na Marvel, a DC também foi afetada e veremos através de exemplos práticos diferentes situações que o tradutor pode e deve vir a enfrentar em sua rotina.
Nas três últimas décadas, uma parcela significativa da produção teórica realizada por alguns dos principais pesquisadores sobre tradução no Brasil, acadêmicos ou não, foi ou bem escrita originalmente em língua estrangeira (sobretudo em inglês), ou bem traduzida. Nesta pesquisa, é realizado um estudo sobre textos científicos e culturais brasileiros publicados em língua estrangeira ou traduzidos para idiomas estrangeiros apresentando uma suma daquilo que de mais importante foi produzido pelos teóricos da Tradução no Brasil. Com isso, pretende-se refletir criticamente sobre essa produção teórica, compreender a recepção estrangeira das teorias tradutórias desenvolvidas por teóricos brasileiros e situar a contribuição da própria tradução, entendida em sentido amplo, para a produção da identidade brasileira na produção globalizada do conhecimento.
Esta conferência pretende apresentar ao público brasileiro o processo de tradução do poema épico burlesco, La Gatomaquia (1634), ao português brasileiro, fruto do meu pós-doutoramento na USP. Refletiremos sobre o alcance ainda exíguo da poesia épica espanhola no Brasil, o que propiciava a proposta de uma tradução comentada do poema do castelhano para o português brasileiro, com o fim de impulsionar a literatura espanhola seiscentista em países lusófonos. Essa investigação combinou resultados obtidos em minha tese de doutoramento, que verificou a necessidade de uma edição crítica de La Gatomaquia, cujo alcance seria ainda maior com a subsequente tradução ao português, que resultaria em uma publicação bilíngue. Do mesmo modo, explicitaremos como as teorias contemporâneas da tradução podem ser cotejadas com o processo de tradução desse poema épico-burlesco seiscentista.
Para o senso comum, os games e a Literatura podem parecer que pertencem a universos antagônicos. No entanto, a verdade é que eles coexistem em um espaço de trocas, influências e inspirações. Neste webinar, iremos ressaltar dois espaços dialógicos e intermidiáticos: a Literatura Eletrônica e a adaptação de obras literárias em games. Apresentaremos como a Literatura Digital tem se transformado até a atualidade (RETTBERG, 2019; FLORES, 2019) e como os games se inserem nesse contexto, ora participando da elaboração de formatos de e-lit, como a ficção interativa e o visual novel, ora como uma receptora de adaptações (STOBBART, 2018).
O webinar abordará o conceito de transmedia storytelling como um processo de comunicação que envolve múltiplas plataformas de mídia, expansão de conteúdo, e engajamento da audiência. Discutirá como obras, por exemplo, literárias, se expandem para além da adaptação, caracterizando o efeito transmídia.
Situando-se dentro do amplo espectro das adaptações, os remakes representam formas de recriação que buscam saciar a “fome de narrativas” (HATTNHER, 2013) característica de nossos tempos. Marcados por um misto de flexibilidade e complexidade em sua definição, os remakes, como forma de adaptação, situam-se uma instigante encruzilhada teórica. Esta apresentação pretende discutir alguns aspectos desse gênero a fim de ampliar o próprio debate sobre adaptações, entendidas como recriação, reconstrução e remodelação que se dá entre arquiteturas textuais distintas: romances para filmes, filmes para narrativas gráficas, narrativas gráficas para videogames, videogames para filmes. Nesse campo de quase infinitas possibilidades, os remakes representam um objeto de estudos relevante e relativamente pouco explorado, com enorme potencial para fomentar uma revisão de conceitos como recriação, repetição e “texto original”.